Fórum sobre autismo em Belford Roxo debate fim de preconceito

O evento foi idealizado pelo Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (Capsi). A pedagoga diretora da unidade, Angela Flores, fez abertura do encontro . Segundo ela, 80 por cento das demandas são de autismo. “Convivendo diariamente com essas crianças vejo a necessidade de reagir ao preconceito, à rejeição da sociedade. E a nossa proposta é essa”, disse aos participantes.
O psiquiatra Ariosvaldo Dantas de Araújo mediou o fórum que teve como palestrantes a psicopedagoga, Gabriela de Oliveira Ermindoph Silva, psicóloga,Luciana Raposo, coordenadora do Movimento Orgulho Autista do Brasil (Moab de Belford Roxo) e as psicólogas, Karens de Moraes e Tatiane Carnaval. Outros profissionais de psicologia como Andreia Pereira e Edmilson Duarte de Lima (mestre e doutor em psicologia) também abordaram o tema.
Preconceitos e desafios
Entre os palestrantes o depoimento de Maria Bathânia, a Nathânia. Ela relatou a experiência em conviver com um irmão autista. “Paulinho cresceu e já está um rapaz”, disse. “Mas desde sua infância vivemos muitos preconceitos, inclusive de pessoas que se afastaram”, contou emocionada.
Thaires Aparecida da Silva Ribeiro Guedes, mãe de Matheus Kaique,7, estava entre os participantes. Ela destacou que estava ali em busca de novos conhecimentos sobre o assunto. Kaique foi identificado como autista há pouco tempo. “Pra mim é um desafio. Achava que meu filho era hiperativo, mas o diagnóstico acusou autismo. Foi no Capsi que fiz a descoberta, onde recebemos todo atendimento e atenção necessária. Quero saber tudo para que meu filho nunca sofra com preconceitos e este evento pra mim, está sendo maravilhoso”, assegurou.
O Capsi de Belford Roxo fica localizado na Rua João Fernandes Neto 920, no Centro, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A unidade presta atendimento a 460 pacientes mensalmente: crianças e adolescentes com transtornos mentais severos e pertinentes. O Capsi conta com uma equipe disciplinar, formada por psicólogos, médicos, psicopedagogos e assistentes sociais.
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